quarta-feira, 2 de junho de 2010

Selecções do Mundial 2010 – Grupo A





Selecção Sul-Africana de Futebol
Grupo A - Mundial 2010
Embora a selecção sul-africana não tenha grande história no Mundial da FIFA, este ano tem uma motivação extra que pode mudar em muito a sua performance. Isto porque os jogadores desta equipa já demonstraram que o facto de jogar em casa os leva a concretizar provas verdadeiramente incríveis, à semelhança do que aconteceu em 1996, ano em que venceram a Taça das Nações Africanas frente à Tunísia, na maior cidade da África do Sul, Johanesburgo. Em Junho, os comandados por Carlos Alberto Parreira têm hipótese de voltar a mostrar ao mundo do futebol toda a sua garra.

Entre o lote de jogadores que irão ter pela frente uma tarefa herculeana está a maior estrela de todas, Steven Pienaar, o dinâmico atleta do Eventon. A ele juntam-se Siboniso Gaxa e Tsepho Masilela, ambos com capacidades que vão muito além da versatilidade que colocam em campo. Ao leme da selecção está Carlos Parreira, que conta já com um título mundial (ganho em 1994 com o Brasil) e promete não deixar os seus créditos por mãos alheias, apesar de não ter sequer ultrapassado a primeira fase da Taça das Nações Africanas há dois anos atrás, com a selecção que ainda lidera.
As duas únicas participações da África do Sul no Mundial não correram bem e em ambas as competições ficaram-se pela eliminatória de grupos. No entanto, o facto de jogar em casa poderá motivá-los, como já ficou provado, embora os sul-africanos tenham apenas conquistado dois troféus a nível internacional, a vitória na Taça das Nações Africanas (1996), onde foram vice-campeões na edição seguinte.

Selecção Uruguaia de Futebol
Grupo A - Mundial 2010

Longe dos tempos de glória, o Uruguai tem andado afastado das boas prestações no desporto-rei. Por isso mesmo, procura este ano reverter esta imagem menos positiva que o seu futebol tem actualmente no palco internacional. O principal objectivo, já assumido pelos responsáveis do conjunto uruguaio, passa por singrar na primeira eliminatória da competição e chegar o mais longe possível.
No caminho rumo à África do Sul, os azuis sul-americanos tiveram de enfrentar um dos play-off de acesso à prova da FIFA, depois de finalizarem a qualificação regular em quinto lugar. Na derradeira partida de acesso à competição do continente africano, o Uruguai levou de vencida a Costa Rica com uma vitória por 1-0, consolidada com um empate na segunda-mão. O herói da passagem foi o capitão Diego Lugano, que marcou o tento do empate em Montevideu, carimbando o acesso da equipa ao Mundial.
Aquela que será a 11ª participação do Uruguai no torneio máximo de selecções da FIFA vai ser conduzida pelo sexagenário Oscar Washington Tabarez, que iguala assim o seu feito de há vinte anos, altura em que colocou os uruguaios no Mundial da Itália. Depois disso, o El Maestro liderou o AC Milan e Boca Juniores, tendo regressado novamente à América do Sul para assumir o comando da antiga selecção de Jorge Fossati.
O país que venceu a primeira edição do Mundial (1930) não tem alcançado o sucesso desejado ultimamente e já desde 1970 que não passa da fase de grupos da prova que disputa este ano. Mas para a África do Sul viaja uma equipa motivada, constituída por uma mistura interessante de jogadores com créditos firmados e alguns novos talentos, que procuram fazer história no futebol. Entre os atletas estão Luis Suarez, Diego Forlan e o “salvador” Diego Lugano. Estes jogadores já mostraram o seu talento na Europa do futebol e têm agora mais uma oportunidade de dar a conhecer as suas capacidades a todo o mundo.


Selecção Mexicana de Futebol

Grupo A - Mundial 2010

Com a faixa de equipa da CONCACAF que mais vezes se qualificou para os mundiais da FIFA, o México consegue este ano a sua 14ª participação na prova, a quinta consecutiva. Apesar disso, o grupo nunca foi além do sexto lugar, obtido nos dois anos em que organizou o torneio (1970 e 1986). Em 2010 a selecção pretende fazer mais do que aquilo que conseguiu até agora, tendo já assumido o desejo de passar os oitavos-de-final, fase onde caiu nas últimas quatro edições em que entrou.
O conjunto mexicano parte para África do Sul na sua melhor forma e com níveis de confiança elevados. Depois de um apuramento muito conturbado, a selecção que passou pelas mãos de três treinadores encontrou a figura de um líder em Javier Aguirre. Foi em grande parte graças à qualidade do ex-treinador do Atlético de Madrid que o México realizou uma parte final incrível na CONCACAF, com cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota. Esta prestação garantiu-lhe o segundo lugar e um bilhete directo para o Mundial em solo africano.
A renovada equipa liderada por Aguirre tem na experiência do seu treinador um dos seus maiores trunfos. Depois de já ter qualificado o México para a Japão/Coreia do Sul (2002), conduzido o Osasuna à Liga dos Campeões (2005/06) e levado o Atlético de Madrid ao quarto posto do competitivo campeonato espanhol, o timoneiro voltou às suas origens, assumindo novamente o comando da selecção mexicana. Às suas ordens vai ter um plantel com quatro campeões do Mundial de Sub-17 (Peru, 2005) e uma equipa sem goleadores, mas com instinto de baliza apurado, já comprovado pelo lote 18 jogadores que fizeram o gosto ao pé na qualificação. As estrelas da companhia são o experiente Cuauhtémoc Blanco e Rafael Márquez, que prometem não deixar os seus créditos por mãos alheias.



Selecção francesa de futebol
Grupo A - Mundial 2010

Selecções do Mundial 2010 – Grupo A – França
A selecção francesa parte para o Mundial da África do sul envolta em polémica. Os pupilos de Raymond Domenech chegaram à fase final da prova maior da FIFA depois de eliminarem a República da Irlanda com um golo irregular de Gallas, após a assistência de Henry, que transporta claramente a bola com a mão. O tento polémico e fraudulento foi visto por todos, menos por quem de direito, o árbitro sueco Martin Hansson, que deixou passar esta situação e levou a França ao colo para a África do Sul.
Embora controversa, a qualificação do conjunto francês foi validada pelos regulamentos da FIFA, que não permitem o apelo à anulação das decisões tomadas pelo árbitro sobre factos relacionados com o jogo, entre os quais golos que posteriormente se confirmem irregulares. Os bleus alcançam assim, pela primeira vez, a quarta presença consecutiva no Mundial. Este feito inédito acontece depois de terem conquistado a prova em 1998, que foi o culminar das anteriores duas quedas nas meias-finais (1982 e 1986). No entanto, as últimas participações da França em torneios internacionais têm ficado bastante aquém do esperado, à excepção do segundo lugar alcançado frente à Itália, em território germânico, em 2006.
A França parte para África com um título mundial (1998) e dois segundos lugares (2001 e 2993), num total de doze participações nesta competição. No palmarés tem ainda duas taças europeias conquistadas em 1984 e 2000. Quanto a este Verão, o conjunto azul e branco tem a oportunidade de apagar os maus resultados dos últimos tempos e limpar a péssima imagem de uma qualificação irregular.
Para atingir este objectivo implicitamente estabelecido, os bleus contam com treinador há mais tempo ao comando da selecção, Raymond Domenech, que apesar de nunca ter ganho nada (o máximo que conseguiu foi o ser vice-campeão na Alemanha), mantém-se como o homem de confiança dos responsáveis pela federação, mesmo depois do desastre do Europeu de 2008.
No campo, o mal-amado timoneiro tem ao seu dispor estrelas como o capitão Thierry Henry, Nicolas Anelka, William Gallas, Jérémy Toulalan e Lassana Diarra, bem como os jogadores revelação Yoann Gourcuff, Franck Ribéry e Karim Benzema.
O grupo está reunido, falta saber se a prestação final poderá corresponde ao que pretende atingir.

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