quarta-feira, 2 de março de 2016

FC PORTO - ORGULHO

domingo, 8 de março de 2015

Música Romântica Brasileira - Tânia Mara - Se Quiser

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bem vinda, Espanha!


Aquilo que se vem ensaiando dizer há pelo menos dois anos – desde o brilhante título da UEFA Euro 2008 - agora pode ser proferido sem qualquer resto de dúvida ou concessões: a Espanha é a melhor equipa de futebol do mundo. É mais: é de fato a campeã do mundo, o oitavo país na história a conquistar a Taça do Mundo da FIFA.
A final da África do Sul 2010 fez com que o lotado Soccer City de Johanesburgo prendesse a respiração não uma ou duas, mas incontáveis vezes. Noventa minutos não foram o suficiente para decidir qual dos dois, Holanda ou Espanha, se tornaria o mais novo campeão. Na verdade, faltou pouco para que 120 minutos também não o fossem. Apenas um golo de Andrés Iniesta a quatro minutos do final do tempo extra confirmou a superioridade que os espanhóis mostraram ao longo de quase todo o jogo e coroou definitivamente uma geração que pulverizou um tal “estigma dos quartos de final” que caracterizava o pais até há pouco.
Quem continua, sim, com um estigma desconfortável é a Holanda, que após 14 vitórias consecutivas entre eliminatórias e Taça do Mundo da FIFA, caiu mais uma vez na partida decisiva, pela terceira vez na sua história, depois das derrotas para Alemanha em 1974 e Argentina em 1978.
O primeiro Mundial em território africano teve um campeão inédito. O mundo do futebol tem, indiscutível, sua melhor equipa. E, para sempre, um novo integrante para sua elite. Que a Espanha seja bem vinda à montra!
A princípio, era como se a Espanha saísse directamente do apito final de sua partida diante da Alemanha para o Soccer City. O mesmo domínio que a Fúria exerceu na meia final apareceu claro e intenso nos primeiros minutos de jogo: logo aos cinco minutos, Sergio Ramos acertou uma cabeçada linda que obrigou Maarten Stekelenburg a uma boa defesa. Em seguida, o mesmo lateral direito invadiu a área e obrigou John Heitinga a afastar na boca do golo. Mais um minuto e era David Villa acertando um remate de vólei na rede pelo lado de fora. Pressão, jogo de uma só equipa, questão de tempo para o golo sair?
Não exactamente. Porque, afinal, o que estava em jogo não era qualquer coisa, mas um titulo mundial. Aliás, não só isso, mas essencialmente o lugar dos dois países na história do futebol. E, com um prémio desses, é compreensível que quem acabe tomando conta do ambiente seja o nervosismo. Foram 20 faltas ao longo de todo o primeiro tempo, com cinco cartões amarelos. Entre as divididas e disputas cerradas, sobrou uma breve reacção holandesa nos últimos minutos, quando a equipa chegou a ameaçar o golo de Iker Casillas, num remate rasteiro de Arjen Robben, já nos descontos da primeira parte.
Veio o segundo tempo e, com ele, uma média aritmética daquilo que aconteceu no primeiro: se, por um lado, o clima seguia tenso – com mais oito cartões amarelos no total, além de um vermelho, chegando ao recorde de dez numa final da taça do Mundo, superando os seis de 1986 -, por outro também a Espanha dominava a posse de bola e aparentava estar mais perto de marcar. A principal diferença é que o contra ataque da Holanda, o motor da grande campanha recente do país, começou a funcionar.
O exemplo mais claro foi a ocasião em que Robben aproveitou um tremendo buraco na defesa aos 16 minutos, recebeu passe de Wesley Sneijder e apareceu frente a frente com Casillas. O redes do Real Madrid esperou até o último minuto para sair e impediu o golo com as pernas. Embora quem tenha passado a criar mais e mais chances tenha sido a Espanha, o recado estava dado.
Mesmo as alterações que Bert van Marwijk e Vicente del Bosque fizeram ao longo do segundo tempo tinham menos o risco de tentar mudar muito o jogo do que apenas a reposição de peças por outras similares, mas mais frescas. Foi assim para a Holanda, com Eljero Elia no lugar de Dirk Kuyt, e também com os espanhóis, que trocaram Pedro por Jesús Navas e Xabi Alonso por Cesc Fàbregas. Até o fim dos 90 minutos, a história foi a mesma, com a Espanha se aproximando perigosamente, como nas ocasioes claras de David Villa aos 24 – salva por Heitinga na frente do golo – e uma cabeçada de Sergio Ramos, livre na pequena área.
Noventa minutos não foram o bastante para destilar tanto nervosismo. Pela sexta vez na história, a final da Taça do Mundo da FIFA precisava da prorrogação. E, então, era como se a partida começasse outra vez. A partida em que a Espanha resolvia controlar o jogo e decidi-lo à sua maneira. Que foi o que quase aconteceu com Andrés Iniesta, livre na cara do golo aos cinco minutos. O médio avançou, demorou a rematar e foi desarmado. Em seguida, Jesús Navas assustou a massa holandesa que ocupou boa parte do Soccer City, com um remate desviado que bateu na rede pelo lado de fora.
Era pressão que já não pararia mais, e que só se intensificou quando Heitinga recebeu seu segundo amarelo aos quatro minutos do segundo tempo. De alguma forma, o golo precisava sair. Foram precisos, no total, 116 minutos, mas enfim a Espanha matadora apareceu. Andrés Iniesta, que tantas vezes tivera chances de invadir a área holandesa sem poder concluir, recebeu um passe perfeito de Fàbregas que não deixava outra opção além da bomba cruzada que bateu Stekelenburg.

domingo, 11 de julho de 2010

Alemanha e Uruguai duas selecções que saem de cabeça erguida


Duas selecções da tradição de Alemanha e Uruguai sabem valorizar a disputa por um lugar no pódio. Neste sábado, nenhum desses gigantes 'facilitou', disputando um grande jogo apesar da decepção da eliminação da disputa pelo título e mesmo debaixo de forte chuva em Port Elizabeth. No fim, com duas reviravoltas no resultado, a Alemanha levou a melhor, vencendo por 3 a 2.
Com o resultado, a renovada Alemanha fechou o torneio de cabeça erguida e com o orgulho de ter o melhor ataque até aqui. A equipa chegou a 16 golos na Taça do Mundo da FIFA, liderando a tabela de golos do Mundial com vantagem de quatro gol0s para a Holanda e cinco para a própria Celeste.
Apesar ter ficado em 4º lugar a Celeste também não deve se abalar com este desfecho, já que conseguiu sua melhor campanha em 40 anos, repetindo o quarto lugar obtido no México 1970.
O confronto colocou ainda mais dois atacantes empatados na frente da Taça, com o ingresso de Diego Forlán e Thomas Müller, ao lado do espanhol David Villa e do holandês Wesley Sneijder, que têm ainda mais um jogo para fazer em solo sul-africano, neste domingo, na decisão no Soccer City de Johanesburgo.
A Alemanha entrou com quatro novidades em relação á equipa-base que apresentou durante a competição. No golo, Jörg Butt entrou no lugar de Manuel Neuer. O capitão Philipp Lahm foi substituído por Dennis Aogo. Na frente, Lukas Podolski e Miroslav Klose ficaram sem condições de jogo, dando lugar para Marcell Jansen e Cacau. Ao não entrar em campo, devido a dores lombares, Klose acabou ficando a um gol0 do recorde histórico do brasileiro Ronaldo na história da Copa do Mundo da FIFA.
Apesar da queda em termos de notoriedade e talento, os germânicos mostraram que têm um sistema de jogo que empurra suas peças com eficiência. Diante dos uruguaios, a equipa pode não ter sido implacável do modo como actuou diante de Inglaterra e Argentina, nas primeiras duas rodadas dos mata-mata, mas teve uma exibição muito superior à da derrota para a Espanha, nas meias.
Seu ataque chegou em peso à área adversária durante o primeiro tempo, quando seus meio-campistas encostavam os homens de frente com fortes arranques e sempre muito bem posicionados. Mas seu primeiro golo saiu por outros meios. Bastien Schweinsteiger soltou uma bomba do meio da rua, e Fernando Muslera teve dificuldades para fazer a defesa. Na recarga, Müller, que acompanhou todo o lance, apareceu para rematar com classe, encostou, no canto esquerdo, aos 19 minutos.
Do outro lado, a equipa sul-americano também fez uma boa apresentação, desfrutando do óptimo entrosamento que seu trio ofensivo ganhou durante o torneio. Forlán, Luis Suárez e Edinson Cavani levaram muito perigo quando desciam no contra-ataque. Foi o que aconteceu aos 28 minutos, quando o valente Diego Pérez fez um desarme preciso contra Schweinsteiger na linha do meio-campo. Ele reagiu rapidamente, passando para Suárez. O médio atacante controlou a bola e esperou pela passagem de Cavani, dando um passe na medida. O atacante dominou e tocou na saída de Butt.
Para o segundo tempo, a Celeste voltou mais adiantada, ocupando mais espaços no campo de ataque, passando a incomodar com frequência a defesa alemã. Suárez e Forlán tiveram suas hipóteses, até o talento do craque do Atlético de Madri fazer a diferença, aos 51 minutos. Ele recebeu cruzamento de Arevalo Ríos, se ajeitou com oportunismo e bateu de volei, para o chão. A bola entrou no canto esquerdo, na reviravolta sul-americana.
A partir daí, porém, gradualmente o jogo passou a pender para a Alemanha, que reteve mais posse de bola e acabou marcando dois golos em bolas aéreas. O primeiro veio com Jansen, até meio sem jeito. Um cruzamento de Eric Boateng da direita, de longe, encontrou o médio bem posicionado para cabecear, aproveitando-se da saída desajeitada de Muslera, aos 56.
O golo da reviravolta saiu a oito minutos do fim, em cobrança de um canto. Mesut Özil cobrou o canto da esquerda. Após confusão na área, a bola sobrou para o médio Khedira que de cabeça fez bola passar por cima de Muslera.
A emoção na partida durou até o fim, aos dois minutos dos descontos, quando Forlán acertou o travessão numa cobrança de falta próxima à área. Ele acertou um pontapé firme, por cima da barreira. A bola explodiu na trave no ângulo direito e foi para fora.

sábado, 10 de julho de 2010

O pódio seria importante


Em poucos dias, o defesa Maurício Victorino estará de volta a Montevidéu. Talvez ali, na segurança do lar, o jogador se dê conta de que, com apenas dez partidas feitas pela selecção uruguaia, já disputou uma meia final de Taça do Mundo da FIFA.
A trajectória do defensor é curiosa. O técnico Óscar Tabárez promoveu a sua estreia na selecção principal em 27 de setembro de 2006, na derrota por 1 a 0 num amistoso contra a Venezuela. Três semanas mais tarde, o treinador voltou a convocar, desta vez contra os venezuelanos: 4 a 0. Contudo, aquela foi a última partida de Victorino pela selecção nos três anos seguintes. Por incrível que pareça, o defesa só foi aproveitado novamente no jogo de ida da repescagem das eliminatórias para a taça do Mundo da FIFA África do Sul 2010, contra a Costa Rica.
Assim, ele passou de não jogar uma partida sequer no decorrer das eliminatórias sul-americanas a ser titular do Uruguai na estreia do Mundial, contra a França, no dia 11 de junho. Até agora, o atleta esteve em campo por 434 minutos, em cinco partidas. Se a Celeste vencer a Alemanha neste sábado, no confronto pelo terceiro lugar da Copa do Mundo da FIFA, o defesa receberá uma medalha do torneio, algo que poucos jogadores da história podem se orgulhar de ter.
"Foi uma experiência maravilhosa", disse o defesa de 27 anos ao FIFA.com. "De pequeno, me imaginava jogando em um clube importante, ganhando títulos e, claro, chegando à selecção. Por isso, estar aqui é um sonho que se tornou realidade. Às vezes, eu e os companheiros paramos para reflectir e, quando nos damos conta do que alcançamos, a conclusão é: 'Não foi nada mal, não?'"

Ataque alemão ao 3º lugar sem festejos


A selecção da Alemanha, ao contrário do que aconteceu em 2006, quando ficou em terceiro lugar, não vai sair às ruas em Berlim para comemorar junto com os adeptos, afirmou nesta quinta-feira a Federação Alemã de Futebol.
Os jogadores e o corpo técnico vão deixar a África do Sul no domingo, um dia depois de ter jogado contra o Uruguai em Porto Elizabeth pelo terceiro lugar. Quando chegarem a Frankfurt na manhã de segunda-feira os jogadores da selecção alemã já estarão livres para descanso.
"O objetivo desta equipa era mais do que jogar pelo terceiro lugar", justifica o capitão Philipp Lahm. "Sabemos que há uma euforia na Alemanha e não há como agradecermos isso, mas seria inapropriado festejar o terceiro lugar", completa.
O auxiliar técnico Hansi Flick vai ao encontro das declarações do capitão e ressalta a necessidade de os jogadores descansarem: "Já faz nove meses que estamos juntos e que trabalhamos arduamente", defende.

Espanha garantiu lugar na final da Taça do Mundo da FIFA África


Com o envolvente controle da bola de volta na meia final contra a Alemanha, a Espanha acabou chegando à vitória em uma jogada pouco comum: a bola aérea. Depois de passar todo o jogo pressionando quase dentro da área do rival, a equipa de Vicente Del Bosque construiu o histórico triunfo por 1 a 0 com uma cabeçada potente de Carles Puyol, que apenas confirmou o grande domínio na partida realizada em Durban.
Com o resultado, a Espanha garantiu o lugar na final na Taça do Mundo da FIFA África do Sul 2010 e vai disputar o título com a Holanda no dia 11 de julho, em Johanesburgo, no Estádio Soccer City. No primeiro Mundial no continente africano, a certeza é de que haverá um campeão inédito, o oitavo da história da competição.
No duelo que poderia servir como da final do Euro 2008 para os alemães, foram os espanhóis que acabaram repetindo a história, com uma partida novamente impecável sobretudo no meio-campo. Sem contar com Thomas Müller, a Alemanha perdeu muito de sua força ofensiva, e o ataque mais eficiente da competição até então, com 13 golos, acabou não funcionando.
Para a Alemanha, que disputava sua 11ª meia final, o filme de 2006 repetiu-se: depois de grande campanha nas fases anteriores, com goleadas sobre Inglaterra e Argentina, a tricampeã parou na meias e agora vai tentar igualar a campanha de quatro anos atrás no duelo com o Uruguai, no dia 10.
Insatisfeito com a produção de Fernando Torres ao longo do Mundial, Del Bosque trocou o jogador do Liverpool por Pedro, que havia se mostrado mais eficiente no segundo tempo do duelo contra o Paraguai, nos quartos de final. O resultado foi um ataque mais leve e uma equipa com nada menos que sete jogadores do Barcelona.
Pelo lado alemão, a suspensão do meia do Bayern de Munique, autor de quatro golos na Copa, deu dores de cabeça a Joachim Löw. A opção por Piotr Trochowski pela direita não rendeu o resultado esperado, e a equipa perdeu velocidade e se viu forçada a defender em muitas ocasiões com oito ou nove jogadores atrás da bola.
Mais ofensiva, a Espanha foi aos poucos ganhando terreno e criou as duas primeiras boas oportunidades aos sete e aos 14 minutos, a primeira com David Villa aparecendo cara a cara com o redes Manuel Neuer, que impediu o golo de forma corajosa. Em seguida, Puyol quase marcou de cabeça próximo da pequena área, após cruzamento de Andrés Iniesta.
Recuada, a Alemanha apareceu pouco nos primeiros 30 minutos. Os contra-ataques que mataram Inglaterra e Argentina desta vez não eram efectivos, com Bastian Schweinsteiger, Lukas Podolski e Mesut Özil jogando longe de Miroslav Klose. Assim, os únicos momentos de real lucidez da equipa vieram aos 32, com um remate de Trochowski, e aos 38, quando Özil apareceu na área e caiu pedindo pênalti.
Até o final da primeira parte, porém, foram os espanhóis que retomaram o controle, com Pedro, Xavi e Iniesta dando trabalho aos grandalhões da defesa.
Na volta do intervalo a postura de ambas as equipas seguiu a mesma. Em menos de 15 minutos, a Espanha já havia chegado quatro vezes com perigo, duas em chutos de Xabi Alonso e outra com Villa, também arriscando de fora da área. Na mais clara delas, Pedro obrigou Neuer a grande defesa. Na sobra, Iniesta recebeu de calcanhar de Xabi Alonso, invadiu a pequena e cruzou rasteiro sem que ninguém chegasse a tempo.
Vendo o grande domínio rival, Löw trocou Trochowski por Toni Kroos. E foi exactamente o jogador do Bayer Leverkusen, aos 24 minutos, que teve a melhor chance para os alemães, após receber cruzamento de Podolski dentro da área. Sozinho, ele chutou de primeira e Iker Casillas fez grande defesa.
O troco da Espanha, no entanto, foi fatal. Aos 28 minutos, uma jogada que tanto caracterizou os alemães acabou servindo aos rivais: no pontapé de canto de Iniesta, Puyol apareceu quase na marca do pênalti e cabeceou sem marcação e com força, sem chances para Neuer.
Sem força para avançar tocando a bola, a Alemanha passou a tentar as jogadas aéreas com Mario Gomez, que entrou no lugar de Sami Khedira. Por sua vez, a Espanha ainda teve a oportunidade de fazer 2 golo num contra-ataque, mas Pedro fez uma finta a mais quando Torres pedia a bola livre no meio da área. Até o final, a vez foi de a defesa espanhola conter o ímpeto dos rivais.
Com o apito final, a festa dos jogadores explodiu dentro do relvado: resta agora uma vitória para que a geração confirme sua supremacia e se torne apenas a terceira selecção na história a unificar os títulos europeu e mundial, repetindo a Alemanha (1972 e 1974) e a França (2000 e 1998, respectivamente).