quinta-feira, 24 de junho de 2010

Coreia do Sul 2 - 2 Nigéria

A Coreia do Sul passou 26 minutos em desvantagem no marcador diante da Nigéria e eliminada das oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010. Virou o jogo, pareceu ter sua situação sob controle, mas, depois de um pênalti infantil, ainda precisou sofrer muito antes de garantir sua passagem como segunda colocada do Grupo B.
Com o empate em 2 a 2 em Durban, os sul-coreanos chegaram a quatro pontos e se classificaram para enfrentar o Uruguai, vencedor do Grupo A, no próximo dia 26, em Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth. Antes dessa definição, porém, a equipe asiática precisou sofrer.
Primeiro, porque a Grécia aguentou um empate diante da Argentina até os 32 minutos do segundo tempo – o que significava que a qualquer momento os gregos poderiam estragar a festa. E também porque, depois de sofrerem o empate aos 24 da segunda parte, os sul-coreanos passaram a estar a apenas um golo da eliminação. E bem que a Nigéria teve suas chances.
No final das contas – e aqui literalmente -, o empate contra os africanos valeu à Coreia do Sul a segunda classificação de sua história para a segunda fase de uma Copa do Mundo. Resta ver agora se o restante da campanha terá alguma feliz semelhança com a outra ocasião, em 2002, quando o então pais anfitrião alcançou a semifinal.
Os sul-coreanos começaram melhor e tiveram uma chance logo nos primeiros minutos, com Lee Chung Yong. A Nigéria sequer havia passado do meio-campo até os 12 minutos de jogo, quando o lateral Chidi Odiah avançou rápido até a linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio da area. Kalu Uche – que já havia marcado diante da Grécia - se antecipou a Cha Du Ri e fez o golo.
Uche foi um verdadeiro terror para a defesa sul-coreana no primeiro tempo, e a impressão era de que, a qualquer momento, o segundo golo nigeriano chegaria para colocar mais pressão sobre os asiáticos. No entanto, num lance aparentemente inocente, a Coreia do Sul chegou ao empate por meio de um lance pelo qual a equipa não é exatamente famosa: uma bola alta na área. A cobrança de falta de Ki Sung Yueng encontrou Lee Jung Sao no segundo poste: ele tentou cabecear, errou o tempo da bola, mas ainda a viu tocar em seu pé e morrer dentro do golo. Naquele instante, era o golo da classificação da equipa aos oitavos de final.
Logo no início do segundo tempo, a situação ficou ainda mais confortável para os asiáticos: aos quatro minutos, Park Chu Young bateu falta do bico da grande área. Victor Enyeama não viu a bola e já vinha se dirigindo ao canto direito, esperando uma cobrança por cima da barreira. Mas o tiro, rasante, foi no canto em que o redes se encontrava. Eram os sul-coreanos na frente, com a mão no apuramento.
Acontece que os nigerianos haviam entrado em campo dispostos a lutar até o fim pela possibilidade de se classificarem. O empate ficou muito próximo aos 21 minutos, quando, após um bom passe de Uche para Yusuf Ayila, o passe chegou preciso para Yakubu Ayegbeni dentro da pequena área, sem o redes. O atacante do Everton perdeu ou golo mais incrível desta Copa até aqui: tocou a bola ao lado da trave.
A compensação, ao menos, veio em seguida: aos 24, Kim Nam Il tentou sair jogando dentro da área, perdeu a bola e, em seguida, acertou um carrinho em Chinedu Ogbuke Obasi. Pênalti que Yakubu converteu com tranquilidade para reporr o 2 a 2. Para a Nigéria ainda era pouco, mas os sul-coreanos começavam a sentir a pressão. Era, afinal, apenas o número de golos marcados que os assegurava nas oitavas de final naquele instante.
Minutos depois, em Polokwane, a Argentina abria o marcador diante da Grécia com Martín Demichelis. Isso significava problemas para as chances dos gregos, mas, por outro lado, permitia que a Nigéria sonhasse com a classificação apenas com um golo por marcar.
E o tal golo redentor esteve próximo. Sabendo quão próximos estavam de um inesperado lugar nas oitavas, a Nigéria partiu para o ataque e não duvidou em chutar de longe para o golo. Em duas dessas ocasiões, uma delas já aos 44 minutos, os adeptos sul-coreanos prenderam a respiração. O último dos muitos sustos da noite acertou a rede pelo lado de fora. A vitória sobre os gregos na estreia acabou fazendo a diferença.

0 comentários: