Só um milagre salva a atual vice-campeã do mundo da eliminação na Copa da África do Sul. Apresentando um futebol lastimável, a França, que há quatro anos eliminou o Brasil e só perdeu o título para a Itália nos pênaltis, perdeu nesta quinta-feira do México, em Polokwane, por 2 a 0, e fechou a segunda rodada com um empate, uma derrota e nenhum golo marcado. Henry, o carrasco do Brasil em 2006, teve poucas chances de marcar – é reserva da equipa do trapalhão Raymond Domenech. Até agora, a França vem fazendo uma das campanhas mais desastradas da sua história, uma marca escura no currículo de uma seleção que está no seleto clube das campeãs do mundo. Pior ainda é estar fazendo papelão depois de ter garantido uma vaga na Copa graças a um golo ilegal, no infame lance de mão de Henry, contra a Irlanda. A partida desta quinta foi amarrada e pouco emocionante, mas o resultado fez justiça à determinação dos mexicanos. Estática, sem criatividade e sem personalidade, a França não parecia ser capaz de marcar um golo sequer – a partida poderia durar horas e horas sem que os azuis chegassem às redes. Agora, a rodada final do grupo A terá dois duelos bastante interessantes. Numa partida, México e Uruguai, ambos com quatro pontos, decidem o primeiro lugar do grupo. Se empatarem, ambas se classificam à segunda fase. Pelo critério de saldo de golos, porém, o Uruguai é o líder da chave. Ficaria, portanto, com a liderança – e escaparia de um quase certo confronto com a Argentina já nas oitavas-de-final. Se o México ganhar equipa de Maradona, será o segundo Mundial consecutivo em que as seleções se enfrentam nos oitavos – na Alemanha, a Argentina venceu na prorrogação. O outro jogo da ronda final, marcado para Bloemfontain, é o duelo dos desesperados. França e África do Sul precisam de uma combinação de resultados para conseguir uma vaga. Provavelmente terão de vencer com uma boa margem de golos para que passem à fase seguinte – o que, pelo que se viu nas duas primeiras rodadas, é algo improvável tanto para os azuis como para os Bafana Bafana. Os golos da partida desta quinta foram marcados por Hernández, num lançamento em profundidade que o deixou na cara do redes Lloris, e pelo veteraníssimo Blanco, 37 anos, de pênalti. Blanco se tornou o primeiro mexicano a marcar em três Mundiais diferentes. Chegar para a última rodada em condições tão boas e ainda obter marcas inéditas é algo que pouca gente imaginava quando pensava na participação dos mexicanos neste Mundial.
sábado, 19 de junho de 2010
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