sábado, 10 de julho de 2010

O pódio seria importante


Em poucos dias, o defesa Maurício Victorino estará de volta a Montevidéu. Talvez ali, na segurança do lar, o jogador se dê conta de que, com apenas dez partidas feitas pela selecção uruguaia, já disputou uma meia final de Taça do Mundo da FIFA.
A trajectória do defensor é curiosa. O técnico Óscar Tabárez promoveu a sua estreia na selecção principal em 27 de setembro de 2006, na derrota por 1 a 0 num amistoso contra a Venezuela. Três semanas mais tarde, o treinador voltou a convocar, desta vez contra os venezuelanos: 4 a 0. Contudo, aquela foi a última partida de Victorino pela selecção nos três anos seguintes. Por incrível que pareça, o defesa só foi aproveitado novamente no jogo de ida da repescagem das eliminatórias para a taça do Mundo da FIFA África do Sul 2010, contra a Costa Rica.
Assim, ele passou de não jogar uma partida sequer no decorrer das eliminatórias sul-americanas a ser titular do Uruguai na estreia do Mundial, contra a França, no dia 11 de junho. Até agora, o atleta esteve em campo por 434 minutos, em cinco partidas. Se a Celeste vencer a Alemanha neste sábado, no confronto pelo terceiro lugar da Copa do Mundo da FIFA, o defesa receberá uma medalha do torneio, algo que poucos jogadores da história podem se orgulhar de ter.
"Foi uma experiência maravilhosa", disse o defesa de 27 anos ao FIFA.com. "De pequeno, me imaginava jogando em um clube importante, ganhando títulos e, claro, chegando à selecção. Por isso, estar aqui é um sonho que se tornou realidade. Às vezes, eu e os companheiros paramos para reflectir e, quando nos damos conta do que alcançamos, a conclusão é: 'Não foi nada mal, não?'"

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